VLT custará R$ 165 mi para transportar 94 mil passageiros

6 10 2009

Veículo considerado dos mais modernos sistemas de média capacidade de transporte coletivo terá linha de 5 quilômetros

A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no trecho de cerca de cinco quilômetros entre o Bairro Bernardo Monteiro e a Estação do Metrô Eldorado, deve exigir investimentos da ordem de R$ 165 milhões. O projeto, já em estágio adiantado, prevê que 94 mil pessoas seriam atendidas pelo serviço.

Segundo estudos técnicos da Prefeitura de Contagem, o valor da implantação do VLT no trecho sugerido – R$ 33 milhões por quilômetro – representa um terço do custo estimado caso fosse feita a extensão do metrô na mesma linha.


O menor custo do VLT também é a justificativa da Prefeitura de Betim, município vizinho a Contagem, para a implantação do mesmo modelo em cerca de 20 quilômetros entre o Bairro Bernardo Monteiro, em Contagem, até o Parque Industrial de Betim, na região do Bairro Jardim Alterosas. Para a implantação deste trecho, se seguida a estimativa de investimento de cada quilômetro de Contagem, Betim vai precisar de R$ 660 milhões, mas o projeto do município ainda não foi concluído.

Os números para o trecho em Contagem foram divulgados ontem, pela prefeita Marília Campos, logo após percorrer um trecho de 25 quilômetros, do metrô Eldorado até a estação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), no Centro de Betim. A viagem foi feita em um veículo de apoio da FCA, juntamente com a prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara, e representantes, em Belo Horizonte, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

De acordo com Marília Campos, o custo por quilômetro inclui a obra civil (possível duplicação de trilhos), sinalização, material rodante entre outros. Ela explicou que a rede, em uma primeira fase, deve sair do Bairro Bernardo Monteiro (próximo à PUC Contagem) passando pelo Bairro Parque São João, Clube Ácqua Play e Estação Eldorado. As demais fases devem chegar até o Barreiro e ao Ressaca.

“O plano que apresentamos é de integrar as redes existentes com pontos que privilegiem o transporte coletivo, trabalhando o sistema viário local, as vias, cruzamentos etc”, afirma o superintendente da Autarquia de Trânsito e Transporte de Contagem (Transcon), Hérmiton Quirino. O superintendente calcula que, em Contagem, existam 40 linhas gerenciadas pelo município e 126 intermunicipais.

De acordo com o coordenador da CBTU, Fernando Pinho, os trechos são os mesmos utilizados pelo “Sistema Subúrbio”, da Rede Ferroviária Federal, por onde trafegavam, desde 1950, trens entre Belo Horizonte e cidades da RMBH, como Betim, Raposos, Rio Acima e Sabará – cidades que, hoje, o coordenador vê como áreas potenciais para a implantação do modelo VLT.

Segundo ele, a partir de 1980, os trechos foram desativados para o transporte de passageiros e ficaram restritos apenas ao transporte de cargas, que hoje está sob a administração da FCA. O VLT é considerado um dos mais modernos sistemas de média capacidade de transporte coletivo.

fonte: hoje em dia – Elemara Duarte

Veículo considerado dos mais modernos sistemas de média capacidade de transporte coletivo terá linha de 5 quilômetros

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